Emílio precisou ser um empresário bem sucedido. Homem inteligente, bonito e sensível não teve escolha. Teve que seguir a sina neurótica que se impôs. Quando menino rabiscava poesias e gostava muito de cinema e tudo que se relacionasse com a grande arte. Muito cedo foi para um colégio interno. Durante sete anos foi privado de sua fonte de afeto genuína. Seus pais queriam que se preparasse para ser um homem poderoso e rico. Durante o exílio, lá no colégio, não havia alternativas senão sufocar suas dores emocionais. Viveu um verdadeiro inferno! Tinha que sobreviver. Suprimiu sua sensibilidade saudável. Numa entrega maluca, foi construindo fantasias impossíveis. Pervertidas! Muitas vezes os personagens interpretavam cenas proibitivas que concomitantemente despertavam muita culpa nele. Paralelamente seu rendimento escolar era digno de louvor. O melhor aluno do colégio. Conhecido como o “nota dez”! Muitos alunos só se referiam a ele por esse apelido. Seu intelecto, assim como seu ego, ficou inflado por tantos destaques e elogios que recebia. Externamente estava tudo ótimo. O tempo foi passando, ele crescendo bonito e bem conceituado no meio estudantil e familiar. Seus pais, orgulhosos da inteligência do filho, preocupavam-se com o seu futuro profissional, até porque tinham expectativas de serem beneficiados. Esperavam que Emílio fosse grato e retribuísse no futuro o que eles tinham feito por ele. “Muitos pais pensam assim”! Pouco o visitavam. Dessa forma não estimularia nele a vontade de voltar pra casa. Na verdade Emílio só visitava a família durante as férias de fim de ano. Ficava longas horas com seu gato Nino e só a ele confiava seus verdadeiros sentimentos. A sensibilidade de sua mãe podia ser comparada a uma casca de crocodilo. “Talvez ela não tenha tido chances de se auto-desenvolver”! Em nenhum momento durante todo esse longo processo Anita, sua mãe, tivera o cuidado de saber se o filho estava feliz. Nunca quis entender o seu olhar triste e distante. Nem o seu silencio. Nem mesmo tocava na palavra amor! Suas conversa eram endereçadas ao racional. Exclusivamente. Mas o menino Emílio também fez das suas. Buscou forças internas e se rebelou. Decidiu com com quinze anos não iria continuar preso. Transgrediu regras inadmissíveis no colégio. Foi expulso! Os pais ficaram atônitos com a súbita rebeldia, mas foram obrigados a aceitar a situação. Feliz e culpado! Essa ambivalência, somada ao vazio emocional que sofreu pela longa separação da família, fez de Emílio um homem mais cerebral. Prático. Seus sentidos ficaram bloqueados. Confusos. Grande dificuldade de expressão. Voltado mais para o externo. Desta forma chegou aos quarenta anos. Um menino no corpo de um homem. Rezou toda a cartilha da mãe. Só que ela não esperava pelos espinhos que semeou! Ainda bem que esse menino está conseguindo se recuperar. Adoeceu por muito tempo por carência de amor. Não morreu! Desenvolveu raivas inconscientes vindas em doses homeopáticas ou em súbitos surtos. Atitudes e expressões emocionais imprevisíveis. Desajeitado em lidar com afetos e relações. Expressa essa ambivalência nas mais diversas formas. Muito formal com os seus pais. Educado e frio. Como se fossem estranhos. Consegue falar de emoção. Sentir é a sua grande dificuldade! Neste momento de vida, fazendo terapia, busca se entender melhor. Sabe que dinheiro e sucesso não são sinônimos de felicidade. Quer entender a poesia de sua vida. JÁ TEM A CORAGEM DE SER FELIZ!
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