Sílvia chegou em meu consultório, ansiosa, ofegante, com uma enorme necessidade de se expressar! Mal sentou no divã e desabou num desabafo intenso! Em seu relato dizia estar prestes a ter um ataque de nervos! Não conseguia entender a confusão em que se sentia. Tinha procurado terapia, indo buscar forças pra reconhecer o que precisava ser mudado. Falando de suas queixas, trouxe um marido sem sensibilidade suficiente, pra ser o seu companheiro de verdade! Alex, esse era o seu nome, segundo ela, não a respeitava nem a valorizava. Ao mesmo tempo dizia ainda ser apaixonada por ele. “CONFLITO INSTALADO”! Se sentia sem identidade nesse relacionamento! O grande medo era não saber se conseguiria viver sem o seu ” grande amor”! Enquanto dizia isso, tinha as seguintes expressões: ” Quero liberdade de escolha para uma vida saudável”!”Consigo sim, não vou me submeter ao ego de Alex! -“Meu Deus estou tão confusa”! ” Quero romper barreiras emocionais, desconstruir humilhações, frustrações”!” Sera que é possível conciliar”? Será que meu casamento ainda sobreviverá? Será que valerá a pena?… Acho também que tenho meus erros! Tenho que considerar isso! Não reconheço mais minhas escolhas! O ser humano me assusta! Ser sincero e leal é para poucos! Alex me assusta! Pensando bem o dinheiro pode ser o grande vilão desta história toda. As coisas começaram a mudar a partir da busca desenfreada em ganhar cada vez mais! Meu marido foi se tornou mais insensível e rígido! Parece que pra ele tudo ficou em segundo plano, até nosso casamento! Ele diz que estou louca, maluca! Que me ama loucamente! Que precisa ganhar muito pra nossa segurança na vida! Que segurança é essa que destroi a relação de confiança e parceria? Que aniquila o tesão e o companheirismo? Bem, quero fazer algo por mim. Acho que terei que rever meus valores e sentir o que posso e devo fazer pra melhorar o meu coração. Não quero continuar cobrando o preço de uma antiga traição! Assim Silvia tentou expôr a confusão que estava consumindo sua energia e desestabilizando seus dias!
Autor: Leila Tereza
FELIZ ANIVERSÁRIO ( AUTO -ESTIMA)
Aniversário. Não é tão simples assim! É um dia mobilizador, dentro da gente. Parece que há algo mexendo nas entranhas. Sensibilidade a flor da pele. Cada olhar, cada gesto, cada suspiro… E os telefonemas? Vozes internas estão de prontidão, a qualquer momento podem entrar numa explosão ou implosão de sentimentos. “Ontem eu nasci”! Estou ainda nessa dimensão energética! Percebo claramente a importância da reciprocidade para o coração. Sentir o amor de quem amamos! O coração se acalma e o sutil se anuncia. O dia do aniversário é revelador! Ontem foi um divisor de águas. Gosto do sabor da descoberta, algo sempre nasce e algo sempre pode morre! Amar e ser amado, ou talvez não ser amado. Conflito eterno do humano. No dia do meu aniversário recebi flores em vasos. Muito vivas. Rosas vermelhas e amarelas. Alguém disse me amar. As rosas falaram o contrário. Tão lindas. Tão mentirosas. IMPIEDOSAS ROSAS.
GOTA D’AGUA (STRESS)!
Tomo um gole de água lentamente, tentando me acalmar. Estou com o sangue fervendo, ufa! Parece que a pele queima! Água nesses momentos faz a diferença! Às vezes nem percebemos o quanto estamos no limite! O que nos indica é um mal estar orgânico ou uma explosâo repentina. Esses estados extremos são indicadores de desiquilíbrio energético. A vida é como uma escola, temos que receber as lições e exercitá-las. Só assim se amadurece! O problema é que vivemos no imediato. Na maioria das vezes, isso desqualifica nossas aquisições! Sentir, elaborar e expressar é o segredo da integração psíquica. Acho que a arrogância não está permitindo que eu enxergue com clareza o meu ponto de equilíbrio. Já sei: – Vou me alongar, respirar e tomar muita água! Soube que isso faz verdadeiros milagres! Talvez com o corpo mais relaxado, minha alma possa compreender os seus mistérios e não busque caminhos que provoquem tanta dor e solidão!
CAMINHAR (REFLEXÃO)!
Sentada num sofá branco, meio envelhecido pelo tempo, estou tentando pontuar a vida! Sei lá! Os pensamentos em turbilhão! Até parece que a cabeça cresceu! Sinto como se tivesse envelhecido muito de repente! Encontro dificuldades em expressar os pensamentos, eles parecem embolados. Dou um tempo! Tomo um copo d’água, respiro fundo, algumas vezes, e volto a me concentrar. Tenho que retomar o foco! Repensei o que havia iniciado e cheguei no sentido do “Caminhar pela vida”. Nossa! Quantas imagens e tons coloridos se acenderam em meus sentidos! Enfim os sentidos me deram a percepção do que busco. Entendi que dinheiro é necessário na medida exata do prazer e das necessidades básicas. Ele não pode ter o poder de abafar os meus desejos! Esse caminho é muito difícil,! Sabemos como a sociedade o valoriza e o coloca num pedestal. Ele significa “poder!, Compra quase tudo, menos a felicidade! A minha felicidade vai depender de arregaçar as mangas, encher os pulmões e iniciar o caminho da “construção dos sonhos”! Só de imaginar me arrepio toda! Principalmente a perna esquerda, não sei porque!!! Será porque sou canhota? Será por ser o meu lado mais agressivo? Não importa! Lembrei que sinto isso todas as vezes em que estou muiiiiito feliz!
DEPRESSÃO ( DESISTENCIA)
Manhã ensolarada de domingo, Raquel acordou muito estranha! Tudo parecia tão sombrio. Há algum tempo, vivia angustiada. Nesse dia estava mais intenso, talvez pelos últimos acontecimentos…Raquel atravessava uma crise brava em seu casamento com Eugênio, com quem tinha quatro filhos homens. Sofrendo muito, também, pelo seu amado caçula, completamente envolvido em drogas. Mãe muito sensível, sentia-se impotente e cheia de culpas! Naquele dia, quando conseguiu sair da cama, ( deprimida), depois de muita resistência, foi até a cozinha pegar um copo de água. Notou a casa totalmente vazia, “assim como seu coração”!( Esse quadro pegou fundo). Pensamentos confusos surgiram em sua mente. Sensações assustadoras acompanhadas de muito medo e insegurança, e, uma vontade enorme de fugir de tudo aquilo. Outro “detalhe”, estava num momento hormonal complicado, ( menopausa é um divisor de águas na vida de quase toda mulher). Físico e o psicológico podem ficar alterados. Necessário, muitas vezes, buscar tratamentos para aliviar sintomas e equilibrar o psíquico! Raquel até que estava tentando, no entanto, sentia-se muito sozinha e carente! Seu marido Carlos, não tinha sensibilidade suficiente pra perceber o momento difícil pelo qual ela passava. Também, já não demonstrava mais nenhum tesão por Raquel. Essa sensação de abandono junto ao desiquilíbrio ao desiquilíbrio hormonal, aumentou seu desespero, tirando-lhe a vontade de viver! Naquele domingo “ENCONTROU A SOLUÇÃO”! Calmamente foi pendurar roupas lavadas no varal, em seguida, foi até a cozinha fazer seu café fraco. Depois, colocou seu vestido preferido. Com pequenos passos voltou para seu quarto! Arrumou, sem pressa, a colcha branca sobre a cama. Foi até a cômoda, pegou os comprimidos, inimigos, que a fariam” dormir pra sempre”. Nesse momento certeiro, seu caçula chegou, esbaforido, chamando por ela. Entrou no quarto, ofegante:-Mãe, vim te buscar! Vamos pro sítio. Todos estão te esperando. MÃE. DEPRESSA MÃE!
CRÔNICA DO FIM! ( RENASCER)
Acho que na vida tudo tem o momento certo pra acabar!Estou me sentindo muito estranha. Nada está me fazendo sentido! Racionalmente posso entender algumas situações mas, quando tento integrar com o emocional, alguns sentimentos ficam muito confusos. Tudo se complica! Alguns fins são curtos mas, o que estou vivendo, está sendo extremamente longo e doloroso! Nesta tarde de setembro, a necessidade de silêncio é imperiosa! Fico me questionando onde me meti? O que estou fazendo comigo? Vacilo, muitas vezes entro em um grande conflito. Não, o amor não era tão forte assim! Não sei se dói mais o amor que vivi ou a ruptura desse amor! O fim se torna necessário na medida exata da dor! Penso que o amor não deve conter tanta dor, nem na vida e nem na morte desse amor! Por outro lado, o fim pode ser sábio e generoso, oferece um certo alívio e abre espaço para o novo. Possibilita novos preenchimentos! Preencher o vazio é essencial, na verdade é uma legítima defesa! Fim do amor! Fim da dor! Fim do “EU”… DOEU! O fim não pode se tornar uma traição à própria vida!! Ouço o pulsar do meu coração, parece um tambor! Sinto que a vida me chama…
Cavalo Dourado (SENSIBILIDADE)!
Alecrim. Como era lindo! Fiquei apaixonada assim que o vi! Não deu nem tempo de processar o pensamento. Fiz tudo que pude, dei um jeito e levei aquele monumento pro meu sítio. Toda semana lá estava eu, ia ficar com meu amado amigo! Com o passar do tempo, fomos desenvolvendo uma amizade tão grande, que nos sábados , quando eu estava chegando, ele já se encontrava na porteira me esperando! Como se fosse um ritual , ele abaixava sua cabeça loira pra receber afagos, e relinchava, como a me dizer que estava feliz! Lembro que ele me levava em seu dorso por todos os lugares onde ele gostava de caminhar livremente. Num desses fins de semanas conversei com ele sobre uma viagem um pouco longa que iria fazer e, que ficaria sem vê-lo por algum tempo. Foi incrível sua reação! Ele foi se afastando triste e quieto, desandou a correr…Comecei a chamá-lo, gritando para que me ouvisse! Nesse momento, senti um aperto no peito e tive um insight! Como num filme, surgiram em minha mente cenas muito antigas, junto à uma angústia sem fim! Lembrei das muitas vezes choradas, na época em que estive num colégio interno. Do abandono que senti! O meu Alecrim me mostrou e despertou dores caladas, que sem saber, trouxeram sonhos recorrentes, onde o tema principal era “separação”! Pude reviver a angústia de ter que me contentar com doces e bolos que recebia nessas visitas mensais, como se isso pudesse suprir o vazio que ficava em meu peito! Meu Deus, quantas saudades que eu sentia de minha mãe! Do meu gato! Da minha casa!…Constatei que assim como, meu cavalo dourado, eu também corria para o meu travesseiro, tentando fugir daquela sensação de abandono! Entendi tão bem a reação do meu amigo! De volta à consciencia, corri atrás dele até alcancá-lo. Fiz muitas carícias, como se fosse um humano! Prometi que não ia demorar nada! Murmurei palavras doces em seu ouvido, dizendo o quanto o amava! Parece mentira minha, mas o que presenciei foi um animal que foi ficando mais sereno e tranquilo! Ali perto tinha um pasto, foi pra lá que calmamente eu conduzi o meu “Dourado”, pra saborear relva fresquinha, como se fosse um manjar dos “deuses”! Essa experiência me fez sentir, como as e vivencias emocionais ficam nos nossos registros internos e emergem quando a vida pede passagem! Como as diferentes espécies, tem uma linguagem própria para nos comunicar o que estão sentindo e sem verbalizar! Pude entender como o “AMOR”,tem uma força energética que pode nos levar a essência da alma!
UM ANO DIFÍCIL (DESIQUILIBRIO EMOCIONAL)!
Busquei construir minha vida como num conto de fadas! Qualquer esforço valia para ser feliz! Assim, consegui viver muitos anos, como num encantamento, junto ao homem que escolhi! Foram anos maravilhosos! Acho que vivi os melhores tempos de minha vida! Pra ter conseguido viver tudo isso, tive que administrar crises, humores e uma grande traição que, com muito custo, tentei superar. Era a chance para não desestruturar a familia que amava tanto! Tentar continuar com o homem por quem eu era louca! Ele por sua vez, nunca admitiu a separação, jurava que eu era o seu único amor e paixão! Ameaçava se suicidar, caso o deixasse!-” Quando houve esse envolvimento dele com outra pessoa, sofri demais! “Foi quase insuportável!” O lado bom dessa situação toda “, foi uma melhora significativa que houve em nossa relação! Assim, o tempo foi passando e eu aprendendo a crescer. Posso dizer que fui ficando mais tranquila e acreditando na felicidade novamente. Quando estava me sentindo plena, depois de tempos, no início desse ano, meu mundo interno virou de cabeça pra baixo novamente! Sofri a dúvida de ser traída, mais uma vez! Havia indícios! Certeza nenhuma! Minha intuição feminina gritava, eu sentia! Pirei! Tomei atitude e fui checar o que estava acontecendo na realidade. Me deparei com fatos que minha sensibilidade sinalizava! Resolvi então fazer uma assepsia em minha vida! Não queria viver novamente aquele sofrimento e me sentir vítima de uma situação tão cruel! Corri para a desforra! Que tragédia! Sofri mais ainda! Simplesmente não conseguia fazer sexo com outro homem! Não estava pronta para aquilo ! Me desesperei! Chorei muito! Não conseguia mais trabalhar e nem pensar em nada. Fiquei envolta numa angústia sem fim! (cic) Esta foi a queixa de Marcela. Chegou em meu consultório desprovida de equilíbrio emocional para bancar a vida! Iniciamos um processo terapêutico e juntas estamos buscando formas saudáveis pra ela continuar seu caminho e descobrir talvez novas escolhas!
A MÃE QUE NÃO PODIA ERRAR (SIMBIOSE)!
Mariza era uma mãe exageradamente perfeccionista! Se exigia demais, sofria muito no papel de mãe! É como se ela tivesse um juiz interno, vinte e quatro horas por dia, julgando todos os seus pensamentos e atitudes! Projetava em seu único filho, todos os anseios de sua vida! Vivia uma relação muito confusa. Ela o tratava como se ele fosse um bebê e não uma criança de cinco anos, idade que ele tinha!”( Bruno era uma criança linda, tinha um par de olhos incrivelmente expressivos e escuros, fazendo contraste com uma pele clara e rosada)”! Sua mãe não tinha desenvolvido em si, formas de administrar situações de separação entre ela e Bruno. Era como se ela fosse ele e ele fosse ela! Mantinha a simbiose natural dos primeiros meses de vida, entre mãe e filho! Bruno naturalmente, por ser uma criança, correspondia plenamente à esse padrão de atitude da mãe! Isso, com o passar do tempo, foi se intensificando a ponto dele não ficar sozinho nem na sala de sua própria casa! Esse drama estava tomando proporções enormes! Mariza começou a ter crises de stress, que é muito comum nessas circunstâncias. Não se dava conta dos motivos! Como estava passando da hora de Bruno entrar na escolinha, pressionada pela família, Mariza não teve escolha! Nova fase, novo drama! Na escola, como era natural, todas as mães que precisassem podiam ficar no início das aulas com a criança, durante o período de adaptação. Com Mariza e Bruno esse tempo foi ultrapassando todos os limites! Ele tinha que ir espiar a mãe, de tempo em tempo, senão entrava em desespero! Po esse motivo ela permanecia lá, o período integral, firme e forte! Não adiantava orientações dos coordenadores e psicopedagogos. Esse drama todo, estava tomando dimensões enormes. A escola resolveu interferir, de uma forma firme! Ela teria que buscar ajuda psicológica! Tentar resolver essa situação de tanto sofrimento desnecessário! Assim Mariza chegou em meu consultório, fragilizada, insegura e cheia de culpas. Conversando com ela, pude perceber sua enorme carência e insegurança e a dificuldade que tinha em cuidar de si mesma. A “simbiose”, que ainda existia era entre sua criança interna e seu próprio filho. Os dois precisavam de cuidados! Mariza precisou se ouvir e se sentir como pessoa. Trabalhar sua identidade e seus papéis, como mulher e mãe! A tomada de consciência foi chegando, ela conseguiu sair pausadamente deste abismo emocional em que se encontrava. Bruno foi ficando seguro, interagindo socialmente, enquanto sua mãe foi se descobrindo em atitudes novas e saudáveis como mulher!
DESAPEGO ( FORÇA INTERNA)!
O sangue pulsava forte na cabeça. Ai, como doía! ” Não sei se doía mais a cabeça ou o coração”! Ele estava despedaçado. O meu amor não me queria mais! Fiquei impotente. Achava que não ia conseguir continuar a viver! Tentei de todas as formas me livrar daquela dor. Deus! Fiz luto, chorei tudo o que tinha que chorar. Mandei até rezar missa! De semana! De ano! Ciclo enlouquecedor, compulsivo! Só encontrava alívio nas lembranças do dia em que o tinha conhecido! Lembrava daquela tarde encantada, cheia de sol, com vento espalhando aromas doces pelos ares! Tinha lá, na “Vila Madalena”, o sorvete natural do ” Pedrinho’, bom como ele só! Lembro que, igual à uma criança, lambia as bordas, pra não derreter e manchar meu vestido verde marinho! Quando saia daquela lembrança compulsiva, minha mente, entrava de novo naquela rotina emocional enlouquecida! Eu não tinha mais forças para continuar naquele ciclo! Tinha que me refazer! Tinha que tentar me salvar! Comecei a buscar vida, paulatinamente. Me forcei a desenvolver um novo olhar sobre mim mesma. Nessa nova fase, passear em parques e lugares abertos me dava algum prazer, não suportava ambientes fechados! Numa dessas andanças, distraída, sentada num banco de jardim, chegou um cara despojado no modo de vestir e se expressar. Sentou-se ao meu lado! “Algo mudou naquele momento”! De repente, do nada, começamos a conversar. Sua fala era envolvente, mágica! Acho que me apaixonei ali ! Ele era diferente. Queria aquele presente pra sempre! Parecia ser a primeira vez! De novo senti estrelas no coração! Foram dois anos encantados! Marcos soube me fazer feliz e acreditar de novo no amor! Nesse estágio emocional intenso, quando fazia planos de ter filhos e casar, numa tarde muito gelada de junho, veio a notícia da “morte do meu amor”! Pensei em morrer junto! Revolta, raiva, tristeza! Nada trouxe ele de volta! Hoje, passado um ano, ainda sob o impacto da dor, estou buscando dentro de mim sinais vitais, onde possa me ancorar. Amadureci com tanta dor! Mentalizo que nada é definitivo! Penso que há ciclos na vida. Estou buscando o que ficou de bom ! Coloco em minha cabeça que sou forte e devo continuar o caminho…Tenho que me desapegar do passado e recomeçar!